Oráculo (1)
De todos os candidatos às próximas eleições presidenciais, só quatros têm chances de vir a ocupar o lugar em Belém. (AV, AJS, HGM, LMM). Com este naipe, a probabilidade de um deles vencer à primeira volta é praticamente nula.
Destes, apenas dois chegarão à segunda volta, e AV não será um deles: o eleitorado do Chega quere-o para primeiro ministro e não para presidente. Ficará abaixo dos vinte por cento. HGM, com a decisão de AV se candidatar, perde uma parte substancial do seu potencial eleitorado, e fica ameaçada a sua passagem à segunda volta. Mas, se passar, será eleito.
LMM tem boas hipóteses de passar à segunda volta, mas, dada a rigidez do seu eleitorado, poucas de a ganhar. AJS espera a decisão do PS de o apoiar ou não. Seja qual for esta decisão, mantém hipóteses de passar à segunda volta, e, se for este o caso, de a ganhar.
Muita coisa se
vai aclarar nos próximos três meses: a força da principal mensagem de cada
candidato, o leque dos apoiantes, a segurança e a coerência do discurso, a empatia
pessoal e a resiliência aos fait divers. Sem ignorar a força da
comunicação social.
O seguro morreu de velho.