Thinking Outside the Grid
Há 5 anos
Reflexões sobre população, crescimento, poluição e recursos naturais. Modelo de transição para a era poscarbono
Totnes é o sonho dum ecologista citadino. Construída sobre uma colina, tem ruelas que sobem até às ruínas dum castelo normando, local de encontro apreciado pelos turistas, embora alguns considerem esgotante a subida.
No Verão, dois triciclos de transporte importados da Índia, modificados para consumirem óleo de fritar recolhido nas lojas de "fish and chips", transportam gratuitamente os visitantes até ao alto do castelo, deixando que a inclinação da Fore Street, a rua principal, os leve a visitar a pé um talho antigo, um padeiro tradicional, uma loja de velas perfumadas, sem esquecer uma loja que parece ter guardado todos os discos de vinil desde os Beatles até aos Grateful Dead.
Não há aqui MacDonnalds, nem centros comerciais, nem grandes superfícies. Aqui crê-se que Small is beautiful, e que "pensar globalmente e agir localmente" é não só um dever mas também uma fonte de bem-estar.
Uma forma equilibrada de conciliar o "valor de troca" e o "valor de uso" terá de ser a solução para o caso de Almeida. O primeiro passo consistirá em criar condições para atrair artistas, escritores, músicos, atores, criando para tal incentivos, que podem ser de vários tipos. O segundo passo, é desenvolver o conceito de zona franca cultural adaptado a este caso, visando atrair o público com base na organização de eventos culturais (valor de uso) sem esquecer o comércio associado à arte (valor de troca)" Li atentamente a nota de H. Veliza em resposta aos comentários que fiz a uma nota sua anterior, na qual lançava a ideia de legislar no sentido de criar em Valparaíso uma Zona Franca Cultural. Depreendo da sua nota que artes e cultura são, por nós, entendidas de modos diferentes. Digo isto porque a proposta do meu interlocutor se centra na associação entre "investimento-rentabilidade e turismo", ao passo que a minha ideia se aproxima mais em considerar nas artes e na cultura o seu "valor de uso" . Por outras palavras, o Sr. Veliza não resiste à tentação, hoje tão em voga, de coisificar as artes e a cultura fazendo prevalecer o seu "valor de troca" minimizando o seu espírito, aquilo que lhe é intrínseco" (ler aqui o texto completo do comentário)
Nesta era digital, a facilidade que temos em registar e difundir documentos e imagens está a permitir à Humanidade criar um arquivo fabuloso. Nunca, em tempo algum da História, a capacidade de criar memória para as futuras gerações foi tão ampla como é na atualidade.
Em O Tempo e a Memória